O Programa Lisboa 2020 encerra com dados que revelam um impacto transformador na região metropolitana de Lisboa, com um investimento total de 1.935 milhões de Euros, num território que representa cerca 3% do território nacional e concentra cerca de 28% da população residente. No total, foram submetidas 10.666 candidaturas de projetos, enquadradas em cerca de 400 avisos, o que promoveu avanços expressivos em áreas estratégicas como a inovação, a sustentabilidade, a inclusão social e o desenvolvimento urbano, com o objetivo de tornar a região mais inteligente, sustentável e inclusiva.
A região é hoje o principal polo de inovação e ciência do país, onde estão reunidos 38% dos investigadores, associados a 1.415 instituições de investigação e desenvolvimento. No campo da inovação e competitividade, que recebeu 41% da dotação total do programa (335 milhões de Euros), o Lisboa 2020 destacou-se pelo fomento de um ambiente de negócios dinâmico e inovador, consolidando a região como um destacado centro de empreendedorismo da Europa. A região metropolitana tem, hoje, um ecossistema de inovação mais robusto, com o apoio concretizado do Lisboa 2020 a 20 infraestruturas tecnológicas, a 3 centros de incubação de base tecnológica e a 27 infraestruturas científicas.
Na área da sustentabilidade e resiliência, com 7% dos recursos financeiros, é possível perceber, da mesma forma, um grande impacto dos investimentos, com a criação de 192 km de infraestruturas para a mobilidade sustentável (ciclovias e espaços pedonais), o apoio à mobilidade e aos transportes públicos e 44 operações para a eficiência energética em edifícios, posicionando a região como um exemplo na adaptação aos desafios climáticos.
Na vertente social e do emprego, que representou 24% dos investimentos, os resultados foram significativos, com o fortalecimento de programas sociais e iniciativas para combater o desemprego, especialmente entre os jovens e os grupos mais vulneráveis. Entre as principais metas alcançadas destacam-se os 11.300 apoios a estágios profissionais e os cerca de 5.200 jovens certificados com cursos profissionais.
Já no objetivo do desenvolvimento urbano, com 25% da dotação, foram modernizadas diversas tipologias de infraestruturas, sobretudo na área da saúde, o que permitiu melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e tornando Lisboa mais atrativa para viver e trabalhar. Entre os principais destaques, assinalam-se o apoio a 44 unidades de saúde familiar, 17 unidades hospitalares, 6 unidades de cuidados continuados, 12 creches e, ainda, o apoio ao património cultural e natural, de que são exemplo: a Sé Catedral de Lisboa, o Convento de Odivelas, o Convento de Jesus (Setúbal) e o Palácio do Marquês de Pombal (Oeiras).
Importa ainda destacar os resultados ao nível da educação, pela preponderância social, com 726 escolas apoiadas na área do sucesso escolar (impactando cerca de 260 mil alunos) e na remoção do amianto, um requisito vital para a saúde e qualidade de vida dos estudantes, em 139 escolas de 16 municípios.
A região está agora com o novo programa Lisboa 2030 em aceleração, para ir mais além nas áreas apoiadas, introduzindo novas medidas em temas emergentes, como a adaptação climática, a economia circular, e as infraestruturas verdes metropolitanas. Um processo de construção muito orientada para a qualidade de vida das pessoas.
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Vídeo da Cerimónia de encerramento do Lisboa 2020