“Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Impacto, Igualdade e Inovação” foi o mote para o 8.º Encontro da Rede de Cooperação para a Inovação em ODS na Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT), promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (CCDR LVT, I.P.), em parceria com a NOVA Medical School. O evento teve lugar no passado dia 25 de março, na Sala dos Atos da Nova Medical School, em Lisboa.
Na sessão de abertura, a Presidente da CCDR LVT, I.P., Teresa Almeida, destacou a importância da iniciativa como “plataforma para refletir sobre os desafios e oportunidades na concretização dos ODS, especialmente na nossa região”, e reforçou o papel central da saúde como domínio estratégico na RIS3 Lisboa – a Estratégia de Especialização Inteligente da região, dando alguns exemplos de projetos financiados a comunidades, no contexto de proximidade.
Além de referir que foram já financiadas cerca de uma centena de unidades de saúde, de cuidados continuados e infraestruturas científicas e tecnológicas ligadas ao setor da saúde no âmbito do Lisboa 2020, bem como no atual ciclo de programação (Lisboa 2030), refletindo a maturidade do setor e a sua capacidade de inovação.
Em linha com a efeméride do mês de março – dedicado à igualdade de géneros –, Teresa Almeida deixou ainda uma nota sobre a necessidade de valorizar o papel das mulheres na ciência e na saúde, e salientando também que “84% dos cuidadores informais, ligados à área da saúde, são mulheres, muitas em situação de vulnerabilidade”.
Ao longo da manhã, os participantes puderam assistir a três painéis temáticos:
- O 1.º painel centrou-se no balanço e desafios da Rede de Cooperação para a Inovação em ODS na RLVT, com destaque para a importância da colaboração interinstitucional e da territorialização da Agenda 2030.
- O 2.º painel deu visibilidade a iniciativas de prescrição social, cultural e ambiental implementadas por municípios e unidades locais de saúde, com foco para a promoção da saúde mental e do bem-estar comunitário.
- O 3.º painel destacou a inovação e empreendedorismo social para a Agenda 2030, com exemplos inspiradores de projetos que ligam o impacto social ao desenvolvimento económico sustentável.
Existiram, ainda, duas intervenções individuais, a de João Ferrão, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, que trouxe uma reflexão crítica sobre a territorialização dos ODS e a importância de se pensar o território como espaço de inovação e governança colaborativa, enquanto que Sónia Dias, Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, destacou o papel da prescrição social como ferramenta de promoção da saúde e da equidade, através da partilha de experiências concretas de articulação entre saúde e comunidades locais.









